quinta-feira, 23 de março de 2017

Cheiro de farsa com aspectos de nuances estatais…

Prisão de blogueiros, com revogação em menos de 24 horas – somada à conveniente exoneração de um membro do governo Flávio Dino envolvido no suposto esquema – deixa a operação Turing, da Polícia Federal, no anedotário das ações policiais no Maranhão comunista


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O recado foi dado claramente.
Ao que tudo indica, usou-se a Polícia Federal e a Justiça Federal para dizer aos profissionais de imprensa – e a qualquer um que ouse apontar o dedo para o Palácio dos Leões – dos riscos de ser crítico em um Maranhão comunista.
Nem se vai entrar aqui no méritos das relações pessoais entre Flávio Dino e os operadores federais da Justiça e do Direito.
A questão principal da Justiça na tal “Operação Turing” é a decretação – e revogação meteórica – da prisão dos blogueiros Luis Cardoso e seus filhos, Neto Ferreira e Luis Pablo.
Ora, se não havia necessidade de eles passarem cinco dias na prisão porque não apenas levá-los coercitivamente para depor, como ocorreu com os demais?
Neste aspecto, necessita-se um parêntese para uma questão ainda mais grave: no relatório da tal “operação”, Cardoso é apontado como suposto cabeça, mas ao lado de outro blogueiro, Marcelo Minard.
Porquê só Cardoso teve a prisão decretada?
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Outro aspecto que põe a “Turing” na condição suspeita é a coincidência das datas entre o pedidos da Polícia Federal ao juiz federal Magno Linhares e a exoneração do adjunto da Secretaria de Administração Penitenciária, Danilo dos Santos Silva.
Os pedidos chegaram à sede da 2ª Vara Federal na semana passada, bem antes do dia 8 de março. Danilo teve a demissão publicada em 9 de março. O juiz assinou as prisões no dia 13 de março.
Detalhe: nenhum dos pedidos relativos às coisas vinculadas ao Palácio dos Leões – busca na Seap, apreensão em emissora de TV, prisão de blogueiro – foi decretada pelo eminente meritíssimo.
A Polícia Federal tem o dever – até pela preservação das suas ações – de investigar se houve relação entre a chegada dos documentos ao juiz e a saída do auxiliar de Flávio Dino.
Até porque, neste caso específico, o silêncio do governo comunista é eloquente.
Mas como se disse no início do texto, o recado foi dado.
E de hoje em diante, qualquer um pode ser arrancado de suas bancadas ou redações apenas pelo fato de ser crítico do governo comunista.
É assim que se vive no Maranhão vermelho…

Por/MARCO D'EÇA

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